quinta-feira, 22 de abril de 2010

Este tão forjado segredo me esvazia de ilusões coloridas, de emoções esquecidas e por pouco vividas, de pequenas fragilidades incandescentes, de desejos rubros e me preenche dele todo, que sozinho, é tudo em mim, agora.Mas sabendo como os segredos bem guardados podem restar, sei que encolherá, se acomodará suavemente e com elegância nas imagens, cheiros, sons de alguma parte minha, e sendo apenas parte e não eu toda, deixará de ser pungente para ser um segredo recôndito - caixa-de-presente - na primeira gaveta do armário que, vez por outra, quando toca à pele, no escuro, causa um leve e secreto prazer, digno das mais nobres dores...

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